O Uso da lã como protecção e agasalho do Homem remonta á idade da pedra. Inicialmente usava-se a pele do carneiro inteiro. Foi mais tarde, durante o Neolítico que se começa a utilizar a lã enquanto fibra têxtil. Pressupõe-se portanto que nesta época o Homem praticava a tosquia (corte da lã com o carneiro vivo) tendo desenvolvido as primeiras técnicas de fiação e feltragem. Pensa-se que durante o Neolítico o carneiro já havia sido domesticado. Os mais antigos vestígios de carneiros utilizados para fins domésticos datam de 4000 A.C, no Turquestão. São os carneiros Anau.
Os carneiros que actualmente são mais utilizados para a produção de lã são os de raça Merino e o Blackface escocês. Os antecessores destas raças são o Mouflon de origem europeia, os Argali da Ásia assim como a Tarentina introduzida na península ibérica pelos Romanos durante o primeiro século D.C. O cruzamento das raças desde o inicio do seu pastoreio doméstico foi feito com o intuito de melhoramento do porte e qualidade da lã dos carneiros.
No século VIII já o Merino tinha as características de finura e qualidade que existem hoje em dia. Originalmente a produção de Merino era controlada pelo rei de Castela, mas nos séculos XVII e XVIII os carneiro Merino começaram a espalhar-se por vários países ocupando progressivamente o mundo inteiro e cruzando-se de novo dando origem a outras raças.